A visita feita ao antigo Cassino, atual Museu de Arte da
Pampulha, foi muito rica. Antes da visita presencial tivemos que pesquisar mais
sobre as obras e o estilo do famoso arquiteto Oscar Niemeyer. Além do Cassino,
Niemeyer também projetou todo o Conjunto Arquitetônico da Pampulha criando
obras modernistas que rompiam com o estilo cultuado até então. O projeto foi
também inspirado nos princípios de Le Corbusier valendo ressaltar principalmente
a questão da planta livre. A construção foi feita para que a divisão interior
independa da estrutura, criando assim um ambiente mais “livre”. Os traços
modernistas da obra são inquestionáveis, o rompimento com a simetria, por exemplo,
demonstra bem essa questão. Outro aspecto relevante é a preocupação com os
materiais escolhidos. Cada ambiente foi projetado de forma cuidadosa a se obter
o resultado desejado. Por exemplo, onde é o salão de baile existe toda uma
preocupação voltada para a acústica do ambiente, sendo selecionados materiais e
formas que garantissem isso. Toda a obra foi muito pensada para criar todas as
sensações que transmite. Mais uma parte importante do projeto são os jardins
feitos por Burle Marx, deixando a dinâmica do lugar muito mais viva.
Ao chegarmos ao Cassino para a visita, o percorremos, em
silêncio, por alguns minutos, pela parte de fora. O mais curioso nesse processo
foi perceber que o projeto se revela a medida que o invadimos. A fachada não
permite que as partes posteriores da obra apareçam e mesmo com a pesquisa feita
e sabendo da existência de outras partes do projeto, a sensação de ir
descobrindo os lugares pessoalmente é muito mais interessante.
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